Profissão Traficante oferece tantas informações
relevantes que certamente surpreenderão o
leitor. Primeiro desvenda a personalidade do ser
humano chamado traficante: quem é, de onde
vem, como se forma e vive. Incrível como
é tênue o limiar entre o bandido e
seu principal antagonista, o policial-militar com
o qual se defronta - seu igual, seu irmão,
às vezes ele próprio diferenciado
por um pequeno desvio no ligeiro percurso da vida.
O livro salienta, ainda, o resultado arrasador da
exposição permanente ao confronto
e à agressão recíproca.
Emir Larangeira ingressa na literatura como autor
cuidadoso, perseguidor de um estilo entre o relato,
o romance e a crônica. Dispõe de farta
experiência, acumulada em 28 anos de carreira
na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro,
para nos dizer como esses homens se relacionam com
a sociedade. Emir reúne, além do talento,
um trabalho persistente, com mais quatro romances
publicados, além de contos reunidos num livro
já lançado no mercado literário.
Só um leitor insaciável - que percorre
desde Machado de Assis, passando por Adonias Filho,
João Ubaldo Ribeiro e chegando a Camus -
poderia embrenhar-se por essa vereda com tanta maestria.
Observador atento do seu tempo, como o leitor o
perceberá, Emir estruturou seus personagens
a partir do quadro social da grande cidade neste
final de século. Sua visão antropológica
e sociológica, mesmo que leiga, não
perde a dinâmica da ação e a
perfeita noção da complexidade do
tecido social em que o PM
Silva e o traficante Cabrito atuam.
Operação
Arabesco é uma ficção que se
confunde com a própria realidade do submundo
do narcotráfico nacional e internacional.
Na esteira do sucesso de seu primeiro romance Profissão
Traficante, trama que se desenrola no restrito ambiente
das favelas, o autor surge agora com mais esta eletrizante
história, que deslinda a intrincada teia
do tráfico no asfalto. Confirmando seu profundo
conhecimento sobre o tema, Emir Larangeira, que
é oficial da PMERJ, com formação
universitária em ciências administrativas,
complementada por inúmeros cursos profissionais
de nível superior, novamente brinda o leitor
com uma narrativa que se caracteriza pelo domínio
de um estilo atual e digno dos mais renomados escritores
de nossa língua. É certo que ler Profissão
Traficante e Operação Arabesco significa,
a par do salutar entretenimento que os dois romances
proporcionam, também a oportunidade de desvendar
assunto tão misterioso como fascinante, que
vai da mais elementar operação policial
aos mais complexos meandros da espionagem e contra-espionagem,
passando por muita ação, própria
para quem gosta de aventuras.
Depois
de proporcionar ao público leitor duas fortes
e emocionantes aventuras abordando tráfico
de drogas na favela (Profissão Traficante)
e no asfalto (Operação Arabesco),
Emir Laranjeira surpreende apresentando este romance
infanto-juvenil, desta forma enveredando por um
caminho diametralmente diverso dos anteriores. É
a história de um papagaio miraculoso chamado
Utopia, que busca para os seres humanos um mundo
ideal. É também uma linda história
de amor, abordada com uma delicadeza tal que é
capaz de igualmente comover tanto as crianças
e os jovens como os adultos de oitenta anos ou mais.
Sim, porque o Utopia pertence aos que crêem
em sonhos e na existência de Deus.
Ao mesmo tempo em que entretém, o romance
aborda importantes questões sociais e propõe
a restauração do ecossistema através
da conscientização das pessoas. E,
ao homenagear diversas personalidades que forjaram
a história do mundo, abre um largo espaço
destinado à pesquisa escolar. Portanto, é
um romance que guarda em si muitos objetivos saudáveis.
Surge, assim, na literatura brasileira, mais um
utopista, este que se vem somar a muitos outros
que desde os tempos mais remotos vêm sonhando
com um mundo de paz, harmonia, saúde e prosperidade.
Eis aqui, portanto, um novo discípulo de
Thomas Morus, que com este romance busca a sua “ilha”
do tamanho do mundo e propõe a reconstrução
da natureza e da sociedade em bases definitivas,
tudo através de um papagaio pensador que,
enfim, é um maravilhoso anjo. Que o anjo
Utopia viaje o mundo e vença os tempos!...
É também o nosso sonho.
O
Golpista
Título: O
Golpista
Autor: Emir Larangeira
Editora: Beto Brito
Licença: Gratuito OBS:
Necessário Adobe Reader para leitura
Divirta-se
aprendendo! ... Bem que poderia ser o título
desta nova incursão de Emir Larangeira no
mundo da ficção, pois, com este romance,
o autor oferece ao público uma aventura que
distrai e ao mesmo tempo alerta. Trata-se do quarto
romance de Emir Larangeira publicado pela editora
Beto Brito, este que ainda se soma ao seu livro
de contos denominado Bairro de Lata, que reúne
histórias singulares sobre o drama favelado,
algo que o autor conhece bem.
Depois de dissecar a questão do tráfico
de drogas na favela (Profissão Traficante)
e no asfalto (Operação Arabesco),
e de também brindar o público com
uma narrativa infanto-juvenil (Utopia - o Papagaio
Pensador), o autor dá mais uma prova de fecundidade
literária, diversificando meios e modos de
expor os frutos de sua imaginação,
porém sempre buscando a síntese, e
assim apresentando histórias dinâmicas
e de rápida leitura. Ganha o leitor contemporâneo,
que em pouco tempo se pode deliciar com as histórias
enquanto penetra num mundo assustador, o multifacetado
mundo do crime e dos criminosos, tanto os que matam
ferozmente como os que se utilizam do ardil para
ludibriar as pessoas de boa-fé. Mas as narrativas
de Emir Larangeira não apartam o sentimento
humano; ao contrário, demonstram a sua presença
em situações que a gente pensa como
de impossível coexistência com as coisas
do amor. Sim, amor e crime, amor e ódio,
fé e descrença, enfim, coisas do mundo
selvagem em que vivemos.
Nesta nova obra destacam-se a simplicidade e a preocupação
sempre marcantes do autor em homenagear grandes
nomes da literatura brasileira, arremetendo o leitor
ao resgate de monumentais obras-primas de escritores
pátrios. Esta é uma história
engraçada, intrincada e elucidativa. Deve,
pois, ser lida, conhecida e estudada, para que depois
ninguém reclame de ter sido vítima
de golpistas por falta de conhecimento. É
o que sugerimos, sem qualquer intenção
de engodo... É uma excelente história,
mesmo! Leiam-na, e não se arrependerão,
nem se sentirão golpeados ao fecharem o livro.
Será?...
Bairro
de Lata
Título: Bairro
de Lata
Autor: Emir Larangeira
Editora: Beto Brito
Licença: Gratuito OBS:
Necessário Adobe Reader para leitura
Ao
longo de muitas décadas as favelas do Rio
de Janeiro têm sido palco de incontáveis
dramas e tragédias, não apenas devido
ao calamitoso banditismo urbano, mas também
em conseqüência de inundações
nas baixadas e deslizamentos de terra com soterramento
de barracos nos morros, tudo provocado por chuvas
torrenciais que costumam assolar esses locais despreparados
para suportar tal fenômeno atmosférico
típico do verão carioca, que geralmente
atinge em cheio as populações faveladas,
sempre ferindo e matando muita gente, especialmente
crianças.
Não há, pois, como negar que as favelas
representam o exemplo vivo de uma calamidade social
crônica. Nem por isso, todavia, a favela deixa
de ter seu fascínio. O favelado, pobre e
rude, ainda assim não desiste de buscar a
alegria de viver. Tenta, sim, encontrar a felicidade
em meio a tanta desgraça, esta muita vez
silenciosa, imperceptível, insidiosa. Mas
quase sempre não consegue. É difícil,
enfim, ser um feliz morador em favela nos dias de
hoje. Se fosse apenas a pobreza, vá! Mas
a tragédia não abandona o favelado,
é seu par constante. Quando não o
atinge, ameaça-o permanentemente. É
difícil, hoje em dia, ser um favelado.
Este livro contém muitas histórias
contadas por quem conhece profundamente a vida favelada,
principalmente os dramas e tragédias dos
"bairros de lata". Emir Larangeira, já
na sua quarta obra literária, certamente
surpreenderá o leitor que já percorreu
as páginas de seus três romances anteriores.
Também é certo que agradará
aos novos leitores que se iniciarem por este livro
de contos.
Tendo trabalhado em Defesa Civil atendendo a calamidades
públicas, de 1975 a 1979, e depois atuando
como comandante de batalhão operacional da
Polícia Militar na Zona Norte do Rio de Janeiro,
o autor (tenente-coronel da PMERJ) acumulou vasta
experiência profissional e pessoal, ainda
enriquecida em razão de sua vocação
de escritor: perspicaz observador da vida e do mundo.
Por isso aflora em suas histórias uma grave
preocupação com o social. Mas o que
nos chama a atenção é o estilo
original de Emir Larangeira ao escrever. Que o leitor
confira por si mesmo!
A
publicação do quinto romance em menos
de cinco anos seria bastante para apontar Emir Larangeira
como escritor já criado. Naturalmente que
não é este fato auspicioso a garantia
da sua qualidade, mas o sucesso que se esconde entre
as capas de suas publicações. Pois,
profundo observador das filigranas da vida, como
autor parece se posicionar numa janela privilegiada,
privativa, próxima e entreaberta para os
cenários de suas tramas e, dali, nos faz
participar delas com direito a experimentar todos
os odores, cores e sons. Crianças com narizes
escorrendo e com bundas sujas de cocô e lama
passam aqui em meio às rajadas de armas automáticas.
O cheiro da pólvora pode até chegar
às nossas narinas, assim como, também,
podemos nos surpreender contagiados com o estresse
que domina as relações dentro de uma
quadrilha, onde só existe a certeza de vida
instável e periclitando nas vinte e quatro
horas do dia.
"CIDADELA CONTEMPORÂNEA" não
é um espaço de criação
virtual. É real e se desdobra a uma velocidade
impressionante, ocupando quaisquer pedaços
vagos das grandes e médias cidades brasileiras.
É um microcosmo que está perturbando
o sono de todos os segmentos da sociedade, acuados
e perplexos ainda com o fenômeno que perdura
num crescendo através das vítimas
há três décadas. A gênese
dessa escalada é assunto controverso, mas
alguma coisa a respeito da solução
deste xeque constante que o tabuleiro social vem
assistindo é bom que vá amadurecendo
o quanto mais rápido for possível.
Emir Larangeira nos ajuda a raciocinar a respeito.
Hearst
(imortalizado no cinema como o Cidadão Kane)
e Pulitzer (sinônimo de prêmio) ficaram
famosos devido ao exagerado sensacionalismo jornalístico.
São, portanto, inspiração de
uma geração que não avalia
o dano de um denuncismo. Fontes não são
confirmadas, vítimas em potencial não
são analisadas, nada disso é obstáculo
ao furo jornalístico. Vender a manchete de
hoje, e, se necessário, uma retratação
de fim de página amanhã, eis o modus
operandi desse tipo de jornalismo.
Emir mostra neste livro como um governo preocupado
com a opinião pública se utiliza desse
tipo de mídia capitalista, alimentando-a
com falsas informações e falsas opiniões
a atingir inocentes, geralmente policiais que contrariam
interesses de políticos junto ao milionário
e poderoso crime organizado.
A história deste livro é real. É
retrato vivo e único de um comando de unidade
operacional da PMERJ na capital. Mas não
se trata de um comando qualquer nem de um batalhão
qualquer. Estamos falando do nono batalhão,
situado em Rocha Miranda, Zona Norte do Rio. Estamos
falando de confrontos reais e dos bastidores de
uma luta insana entre policiais-militares e traficantes,
com muitas perdas de ambos os lados.
Com o título bastante provocativo (Cavalos
Corredores), brinda-nos o autor com uma obra recheada
de aventuras, todas comprovadas por reportagens
e documentos, o que não traduz monotonia.
Pelo contrário, é tudo ação!
É guerra retratada pelo autor com a maestria
que lhe é peculiar e já comprovada.
E é, segundo ele mesmo afirma, o seu direito
de resposta! Confiram!
O
Espião
Título: O
Espião
Autor: Emir Larangeira
Editora: Beto Brito
Licença: Gratuito OBS:
Necessário Adobe Reader para leitura
Observou
o grande romancista Érico Veríssimo:
“... o menos que um escritor pode fazer, numa
época de atrocidades e injustiças
como a nossa, é acender a sua lâmpada,
fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando
que sobre ele caia escuridão, propícia
aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos.”
E é justamente isso que faz o autor Emir
Larangeira no romance em que adentra os muros de
uma poderosa instituição. Ora, que
instituição será essa? Que
luzes poderão tirá-la da obscuridade
do desconhecimento e trazê-la à clareza
da visão das pessoas?
É esta a instituição nada menos
que a Polícia Militar do Estado do Rio de
Janeiro, corporação de milicianos
valorosos, em sua maioria, e afeitos à causa
do bem-estar social. Porém a coletividade,
como nos provam diversos episódios da história,
muitas vezes erra em seu julgamento. Assim, nem
sempre o policial-militar costuma ser visto com
a real ótica que deveria despertar: a de
um defensor da lei.
Não é preciso ser cientista social
para entender a importância do policial no
contexto da sociedade. Se, por um lado, ele é
o implacável agente que dá ordens
e impõe penalidades, por outro, é
também ele quem socorre a criança
em perigo e defende o cidadão do banditismo.
No entanto, paralelos muito além desses são
colocados neste livro, com a maestria do autor,
um coronel da Polícia Militar que traz, intrínseco,
o mister da defesa social e da cidadania.
O espião conta a história de um universitário
que penetra o mundo aquartelado dos milicianos,
conhecendo as suas mazelas e partilhando de suas
grandezas. Constitui a obra uma saga inédita,
uma crítica institucional, uma introspecção
na alma e na casa do Policial.
Mais ainda, o romance nos presta o favor de compreender
o fenômeno social que envolve a vida do miliciano.
De forma fundamentada, este livro mostra o cotidiano
nu e cru dos aquartelamentos, as provas, as atrocidades
e os desencantos. Mas também enfoca lumes
diversos, que mostram a clara grandiosidade que
o homem pode atingir em defesa de seus semelhante.
Leia esta história e tome conhecimento de
um abalizado estudo das interações
entre os oficiais e praças e suas relações
familiares; enfim, a verificação dos
sentimentos e valores que neles estão enraizados
e por que estão...
Conheça a rotina interna de um policial,
saiba como ele vive, descubra os objetos de seus
amores e os limites de sua tolerância. O espião
descortina o homem por trás da farda, no
vasto terreno da estrutura institucional.
Emir
Larangeira - Direitos Reservados do Autor - 2007/ 2008